“Sem dados, você é apenas mais uma pessoa com a sua opinião”
Esta frase célebre dita por W. Edwards Deming, notório estatístico que viveu de 1900 a 1993, nos leva a uma reflexão que continua muito atual nos tempos em que vivemos. Ainda vemos profissionais da área da saúde que levam um problema para seus superiores ou para a sua equipe baseado na sua percepção. Será que esta é a melhor forma de começar a discutir um problema importante na nossa instituição?
O Modelo de Melhoria
Quando utilizamos o Modelo de Melhoria como método de desenvolvimento de projetos nas nossas instituições, vemos claramente que traçar planos de ação e metas baseando-se apenas na sua observação não é a forma mais eficiente de se atingir resultados melhores e sustentados. A segunda pergunta que faz parte da estrutura básica do Modelo de Melhoria é “Como saberemos se a mudança é uma melhoria?” e ela se refere aos dados necessários ao conhecimento da nossa situação atual e da situação ideal que queremos atingir.
Desta forma, quando identificamos um problema que sentimos que precisamos resolver em nossas instituições, o primeiro passo que precisamos dar é medir este problema. Analisar os resultados obtidos em relação a esta questão nos últimos tempos para começar a discussão: qual a nossa situação atual? Estamos piorando ao longo do tempo? Realmente temos um problema que devemos focar nossos esforços para resolução?
Ao respondermos essas perguntas, ficará mais claro para nós e para quem nos acompanha na jornada laboral diária como devemos priorizar a questão levantada.
Quer saber mais?
A partir da quantificação e identificação de um problema, podemos começar a desenhar o novo projeto de melhoria usando as três perguntas fundamentais do Modelo de Melhoria. A primeira pergunta é “O que estamos tentando realizar?”. Esta pergunta se refere ao objetivo deste projeto, ou seja, qual o principal indicador de resultado que queremos impactar com estas ações. A segunda pergunta, como já mencionada, se refere aos indicadores do projeto. Precisamos escolher os indicadores que medem os principais processos que serão modificados para que consigamos atingir o resultado proposto no nosso objetivo. E por fim, a terceira pergunta “Que mudanças faremos que resultarão em melhorias?” se refere à teoria de mudança que esta equipe construirá para desenvolver processos mais confiáveis.
Nós, da Empattica, utilizamos o Modelo de Melhoria há alguns anos nos projetos que trabalhamos nesta área complexa da saúde. Se quiser conhecer mais este método, procure maiores informações no curso “Transformando a saúde utilizando o Modelo de Melhoria” na seção de cursos deste site.
Bibliografia
- Modelo de Melhoria- Uma abordagem prática para melhorar o desempenho organizacional/ Gerald J Langley et al. Tradução Ademir Petenate. Mercado de Letras, 2011.